Continuando com o falatório dos 10 filmes indicados esse ano a "melhor filme de 2010", o de hoje é a viajada meiocult-meiocomercial de Christopher Nolan.
A Origem – O Novo e o Velho
Chris Nolan é um cineasta das antigas.
Sim, ele é um dos mais importantes representantes da nova geração dos diretores "arrasta-multidão-enche-bolso-de-distribuidora". Nessa última década virou o queridinho de Hollywood, e não é para menos, conseguiu com o "morcegão preto" (Batman) reinventar uma franquia desgastada e ainda por cima, bater recordes e recordes de bilheteria. Certamente um dos aspectos mais interessantes desse cara é seu "moderno-retrô" de ser. Trocando em miúdos, num dos seus filmes de estréia, ele inverteu completamente o roteiro e nossas cabeças com o seu ótimo "Amnésia", numa estrutura narrativa ousada e revolucionária, ao mesmo tempo, nos dias de hoje com a avalanche de Computação Gráfica incluídas até nas novelas mexicanas, Nolan é tradicional e prefere explodir um prédio inteiro num plano seqüência a usar efeitos de CGI, ou então montar Sets em desertos e geleiras a usar chroma-key (fundo verde), além disso, ele simplesmente se recusa a gravar em digital, preferindo a velha e cara película por puro preciosismo, e justamente essa dualidade da revolução com a tradição, é um dos pontos mais interessantes do seu "A Origem".
Sim, ele é um dos mais importantes representantes da nova geração dos diretores "arrasta-multidão-enche-bolso-de-distribuidora". Nessa última década virou o queridinho de Hollywood, e não é para menos, conseguiu com o "morcegão preto" (Batman) reinventar uma franquia desgastada e ainda por cima, bater recordes e recordes de bilheteria. Certamente um dos aspectos mais interessantes desse cara é seu "moderno-retrô" de ser. Trocando em miúdos, num dos seus filmes de estréia, ele inverteu completamente o roteiro e nossas cabeças com o seu ótimo "Amnésia", numa estrutura narrativa ousada e revolucionária, ao mesmo tempo, nos dias de hoje com a avalanche de Computação Gráfica incluídas até nas novelas mexicanas, Nolan é tradicional e prefere explodir um prédio inteiro num plano seqüência a usar efeitos de CGI, ou então montar Sets em desertos e geleiras a usar chroma-key (fundo verde), além disso, ele simplesmente se recusa a gravar em digital, preferindo a velha e cara película por puro preciosismo, e justamente essa dualidade da revolução com a tradição, é um dos pontos mais interessantes do seu "A Origem".
A Warner fez mistério, não revelava a sinopse, tratava-o como "filme revolucionário do diretor revolucionário". Certo, esperei calmamente para conferir (mentira me cocei todinho pela estréia e caí em todos os truques comerciais alienantes). Eis minhas impressões:
1. Visual
Muito do mérito de “A Origem” é seu visual, no que se referem à fotografia, efeitos, e direção de arte. Todo o muito dinheiro investido foi usado de forma competente; os efeitos especiais são orgânicos, nunca soam forçados e impossíveis (apesar do seu teor fantástico). Particularmente o clímax com cenas em gravidade zero, são de uma beleza artística e apuro técnico invejáveis.
2. Elenco
Leonardo Jack diCaprio está de longe em sua melhor fase, estrelou em 2010 além de "A Origem" o fantástico "A Ilha do Medo", de Martin Scorsese (o filme mais injustiçado pela temporada de premiações, com marcante interpretação de Leo, que sem sombra de dúvidas merecia um reconhecimento da Academia), e ele não decepciona. Com aparentes marcas de expressão, saiu há muito tempo do lugar comum de meninos bonitos pseudo galãs, para personagens fortes e complexos. Nunca vi rugas fazerem tão bem para uma pessoa. O restante do elenco é igualmente bom, com destaque para a maravilhosa e talentosa Marion Cotillard que já emocionou a todos com sua interpretação de "Piaf" e a cada novo trabalho prova-se como uma das melhores intérpretes do mundo, sim do MUNDO.
3. Direção e Roteiro e etc
Na introdução sobre este texto falei sobre aspectos interessantes de Chris Nolan, e parece que toda a sua carreira até agora está estampada em “A Origem”. Junto com seu irmão e parceiro freqüente de trabalhos, desenvolveram um roteiro complexo, inteligente, com um mix de ótimas idéias e referências já usadas em diversas outras produções, mas, tudo isso numa estrutura conhecida e manjada dos típicos filmes de assalto Hollywoodianos. E POR QUE? Respondo: Porque Chris é inteligente e sabe muito bem o dá e o que não dá bilheteria, usa o cinema autoral e o comercial a seu favor, o que interessa pra ele é mostrar seu trabalho à grande massa, mas algo com conteúdo e que agrade a um público mais exigente também, que conhece de cinema. A Origem é parecido com "The Matrix" em seus propósitos; ser inteligente e interessante, mas principalmente divertido. E diversão é essencial no cinema, algo que os irmãos Nolan criam com excelência. Outro ponto que merece ser citado é a maravilhosa montagem, que consegue dar ritmo e inovar com um clímax de mais de 45 minutos! Além disso imagino a cara do montador quando leu o roteiro e viu que tinha que montar metade do filme com 5 momentos acontecendo em dimensões e andamento de tempo diferentes e que no final tem que acabar juntas com um grande chute. No mínimo complexo.
A Origem foi indicado a 8 oscars, incluindo melhor filme mas surpreendentemente não foi indicado na categoria melhor diretor. Vai dominar as categorias técnicas levando tudo e é favorito em roteiro original.
O Polifonia recomenda!
Veja o Trailer!
Nota de 1 a 10: 9
Por: Diego Freitas
Eu reforço a recomendação. É realmente um filme simplesmente fantástico. Achei muito legal a ideia abordada em todo o filme...assistam!!!
ResponderExcluiré um ótimo filme pessoal!
ResponderExcluirUm dos melhores filmes que vi nos últimos anos!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFilme MUITO BOM!!!
ResponderExcluirSó acho que peca um pouco na estrutura, qdo utiliza elementos de "filmes de assalto" (onze homens e um segredo).
Mas a história, a ideia, o enredo, a estética, a direção, as atuações... MTO BOM!